sábado, 30 de maio de 2015

Três erros fatais em seu networking

Conhecer essas falhas e evitá-las é um fator de sucesso, principalmente no longo prazo

Muitos profissionais percebem que seu networking é inútil, quando precisam dele. Trabalham muito, dedicam-se à empresa, mas, na hora em que perdem o emprego, não conseguem recolocação por meio de seus contatos.
Isso ocorre porque, conscientemente ou não, cometem erros fatais para seu networking. Não há rede de relacionamento que resista a ações infelizes de seus participantes. Portanto, conhecer essas falhas e evitá-las é um fator de sucesso, principalmente no longo prazo. Afinal, qualquer um pode ser bem-sucedido por um ano ou dois, mas a carreira deverá durar décadas e, portanto, o foco deve ser no equilíbrio do sucesso de curta e longa duração.
Ser desconhecido
Por vezes, recebo mensagens de profissionais que pedem para ser indicados para uma oportunidade de emprego. Quando alguém lhe pede a sugestão de um médico, quem você indica? Provavelmente algum que você mesmo utiliza ou que seja conhecido por pessoas nas quais confia.
Um erro fatal muito comum é o indivíduo querer ser recomendado por alguém que não o conhece. Além de não ser indicado, sua imagem fica destruída, pois é evidente que é conhecido por poucos ou que aqueles que o conhecem não desejam ajudá-lo.
Fazer networking somente quando está desempregado
Quando um colega de longa data lhe chama repentinamente para almoçar, pode esperar duas coisas: ele vai pedir um emprego, e você é quem vai pagar a conta. Essa é uma das atitudes mais destrutivas que alguém pode ter: lembrar-se dos amigos somente nas horas de dificuldade. Na vida pessoal, isso já é visto com muitas reservas, mas, na profissional, é um motivo de fracasso no longo prazo. Pessoas não são instrumentos para seu sucesso, que você liga ou desliga somente quando precisa.
Amadureça e aprenda a conviver com indivíduos de seu setor ou considere mudar de carreira.
Pedir ajuda a quem você prejudicou
Muitos profissionais tratam bem somente seus chefes. Não contribuem com seus subordinados, pares e outros departamentos. São indiferentes aos clientes e aos concorrentes. Para piorar, tratam mal os fornecedores da empresa. De repente, ficam sem emprego e querem receber ajuda dessas pessoas.
Um de meus critérios de escolha das empresas das quais compro produtos e serviços é saber como elas tratam seus fornecedores. Na minha “lista negra”, recentemente ingressou uma famosa churrascaria em São Paulo, pois descobri que, além de pagar mal seus fornecedores, trata-os com desprezo. O mesmo ocorreu, há tempos, com uma rede de supermercados. Se a ética nos negócios é cada vez mais um fator de escolha do consumidor, imagine para sua profissão. Se você trabalha para uma empresa que trata mal seus fornecedores, funcionários e a comunidade, procure outro local para trabalhar, pois sua carreira fica em risco no longo prazo. Afinal, você será um agente dessas ações antiéticas e avaliado não como alguém que cumpre ordens, mas que faz essas ações.
Tenho observado pessoas que, ainda aos 30 anos, fazem atos que comprometem sua reputação. O resultado é que ainda têm, pelo menos, mais 30 anos no mercado, e seguramente passarão por muitas dificuldades na vida, pois ninguém desejará trabalhar com elas no futuro.
Como mencionei, o importante é que você seja bem-sucedido no longo prazo em sua profissão. Seja persistente, amadureça e cuide de sua rede de relacionamentos. Quanto mais comprometidos estivermos em agregar valor uns aos outros, para contribuir com propósitos elevados, mais próspero tornaremos o mundo.
Portanto, tenha cautela com seu desejo de ser bem-sucedido a qualquer preço. O sucesso requer preparo e cuidados de longo prazo.
Vamos em frente!
Sílvio Celestino - autor do livro Conversa de Elevador – Uma Fórmula de Sucesso para sua Carreira, Sílvio Celestino é sócio-fundador da Alliance Coaching.
Indicação Ari Grassia

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Quem é o Capitão de sua vida?

Alice, caminhado pelo bosque, encontra o Gato e pergunta: ”Como eu posso sair desse lugar onde nós estamos?”

O Gato responde: “Isso depende muito de para onde você quer ir”.

Alice explica: “Não quero ir para um determinado lugar; só quero sair daqui”.

O Gato retruca: “Se você não vai para nenhum  lugar, então qualquer direção serve”.

Alice se impacienta: “Não quero ir para nenhum lugar determinado, mas quero chegar a algum lugar”.

E o Gato, implacável: “Então siga por algum caminho e, andando bastante, você certamente chegará a algum lugar”.

Esse magnífico diálogo entre os personagens do livro Alice no País das Maravilhas revela muito sobre como a maioria das pessoas lida com os seus objetivos e com a vida de maneira geral.

Apesar de ser um elemento indispensável para o sucesso e a realização, a maioria das pessoas não costuma definir de forma clara os seus objetivos.

E quando a questão é: quantos de nós temos o hábito de colocar objetivos no papel, ou seja, escrevê-los, a resposta é pouquíssima gente.

Mas por que não damos atenção a algo tão importante?

Muitas podem ser as respostas…

Mas, no fundo, tudo se resume a uma palavra: escolha.

Isso mesmo, escolhas!

Enquanto uma pequena minoria decide pensar onde quer realmente chegar e como fazer para chegar lá, a grande maioria opta por levar a vida como um barco à deriva no oceano.

A verdade é que, de uma forma ou de outra as histórias de nossas vidas serão escritas.

A questão é: quem está escrevendo a sua história? Você ou o acaso?

Ficam então algumas perguntas-chave para que você avalie como está a sua disposição para ser o capitão de sua própria vida:

- Quando foi a última vez que você escreveu suas metas ou objetivos?

- Você costuma planejar os passos para alcançar aquilo que quer ou apenas sai fazendo as coisas que julga serem necessárias?

Por fim, deixo a você uma reflexão final:

- O que te impede, nesse exato momento, de pegar um papel e uma caneta e escrever o que você quer alcançar, conquistar, realizar nos próximos dois anos?

- E, se existe algo que te impeça, será que isso é tão forte a ponto de deter a sua vontade?

Lembre-se: Para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve.

Um forte e carinhoso abraço.




Fonte:  http://www.sommaonline.com.br/blog/quem-e-o-capitao-de-sua-vida

quinta-feira, 28 de maio de 2015

13 QUALIDADES DO PROFISSIONAL QUE CATIVAM AS EMPRESAS

1. Liderança orientada. Empresas buscam recrutar profissionais que acreditem
ter futuro em sua organização. A maioria das facetas de um líder são aprendidas
e, portanto, as organizações mais eficientes tentam moldar colaboradores pró-ativos
e dinâmicos. Eles querem que cada indivíduo tenham espaço para progredir e, com
o tempo, sejam capazes de criar suas próprias equipes vencedoras.
2. Resiliência. Candidatos resilientes estão entre os mais procurados pelos gerentes
de recrutamento. Estes são os indivíduos que veem os problemas de uma forma
otimista e não encaram os obstáculos como algo intransponível. Eles podem até
falhar, mas após um breve momento de críticas, voltam a colocar o pé no chão e
a produzir para a empresa.
3. Sinceridade. Indivíduos sinceros estão entre os melhores comunicadores da
empresa. Eles têm uma forma de falar — direta, clara — que ajuda a eliminar a
burocracia. Além disso, este método de expressão promove novas ideias, incentiva
a ação rápida e envolve mais pessoas na conversa.
4. Competitividade. Muitas empresas entendem que as pessoas que se saem
melhor na carreira são aquelas que querem ter sucesso e que estão constantemente
formulando métodos criativos, convincentes e lógicos para apresentar as melhores
soluções. Estas companhias reconhecem o valor de fazer distinções claras em
relação à produtividade dos indivíduos ao compará-los com seus pares.
5. Controle. Os gerentes de contratação consideram pessoas de sucesso aquelas
que estão no controle de suas carreiras. Os empregadores mais experientes
procuram ativamente aquelas que não deixam forças externas ditar o seu
potencial; recrutam funcionários que não temem contratempos normais.
Entre outras coisas, o controle se traduz em ser capaz de manter a calma e
executar, bem, suas tarefas durante períodos de estresse elevado.
6. Espírito amigável. Antes da contratação, gerentes de recrutamento
procuram pessoas de bom trato e podem ser gerenciadas com sucesso pela
equipe atual. Ao definir os novos candidatos, aqueles que se encaixam com a
cultura corporativa atual são levados em conta mais seriamente.
7. Ambição. Funcionários ambiciosos são aqueles que normalmente estão
atentos à melhor forma de fazer as coisas. Eles abraçam os desafios e são capazes
de superar obstáculos mais facilmente. Essas pessoas nunca estão satisfeitos com
o status quo e correm atrás das melhores soluções, tornando assim uma organização
mais competitiva.
8. Capacidade de adaptação. Profissionais que se adaptam bem a mudanças no
ambiente de negócios são valorizados no mercado, hoje. Enquanto muitas pessoas
gostam de seguir rotinas e padrões, atualmente, se você quer continuar no jogo
(e sair ganhando) deve entender que a mudança é um aspecto vital no mundo
corporativo.
9. Criatividade. As empresas mais bem sucedidas prosperaram devido à inovação
e a uma melhoria consistente em processos internos atuais. Elas estão constantemente
procurando aqueles que não só conseguem trabalhar de forma autônoma, mas que
também conseguem formular novas maneiras para a realização de antigas tarefas e processos.
10. Competência. Os gestores, hoje, têm trabalho em excesso e pouco tempo para
supervisionar as atividades do dia a dia. Assim, os profissionais que conseguem cumprir
suas tarefas sem necessitar de uma supervisão direta são prioridade nos dias de hoje.
11. Paixão. Sabe-se que a maioria dos profissionais se sentem motivados com os ganhos
financeiros e benefícios oferecidos pelas empresas. Mas aqueles que demonstram que
gostam do que fazem e apreciam o trabalho estão no alvo das corporações. Segundo os
especialistas, sem paixão, os funcionários vão utilizar apenas uma fração de sua
inteligência,uma pequena porcentagem de seu potencial e acabam apresentando
um alto nível de estresse.
12. Confiança. Sem integridade, as outras 12 qualidades listadas não significam nada.
Para ter sucesso, as empresas precisam ter uma cultura baseada na honestidade e fazer
o que é melhor para o cliente e acionistas. Uma vez que a confiança é quebrada dentro
de uma corporação, o resto dos aspectos positivos lentamente desaparecem.
13. Poder de decisão. Empresas se empenham em contratar funcionários capazes de
tomar decisões difíceis. Estas são as pessoas que podem rápida e eficientemente analisar
as opções, os resultados potenciais e as armadilhas de uma situação, e tomar uma
decisão firme. Sabem bem que a indecisão pode impedir que as organizações alcancem o resultado desejado.


8 truques imbatíveis para se lembrar de tudo (tudo mesmo)

Fazer associações e rotular pessoas (literalmente, acredite se quiser) estão entre as dicas cientificamente testadas para aumentar poder de memorização

“A memória é o tesouro e o guardião de todas as coisas”, escreveu o filósofo e estadista romano Cícero. Embora ela fosse importante na época de “De Oratore”, hoje a arte da memória talvez seja mais relevante que nunca. As constantes distrações digitais e realização de várias tarefas ao mesmo tempo podem ter um efeito negativo sobre a memória funcional.

Coletivamente, nossas memórias parecem estar ficando menos precisas: uma pesquisa recente descobriu que os membros da Geração Y — entre 18 e 34 anos — têm maior probabilidade que o grupo de mais de 55 de esquecer a data atual (15% contra 7%) e onde colocaram suas chaves (14% contra 8%). Eles também esquecem de levar seu almoços (9%) ou mesmo de tomar banho (6%) com maior frequência que os mais velhos.

A memória fraca pode atacar em qualquer idade, prejudicando seu trabalho e sua vida pessoal. Todos nós lembramos de usar dispositivos mnemônicos na escola, mas os truques de memória podem ser mais que meros auxiliares de estudo. Existem várias ferramentas simples e práticas para ajudar você a lembrar o nome das pessoas e parar de esquecer onde estacionou o carro ou deixou as chaves.

Experimente estes oito truques para dotar sua memória de superpoderes.

Visualize

Precisa decorar uma lista de palavras ou nomes? Você terá maior probabilidade de lembrar as palavras se elas forem associadas a imagens – especialmente se você se considera uma pessoa que aprende visualmente (65% da população, segundo estimativas). Por exemplo, se você precisar se lembrar de uma reunião às 4:30 da tarde, experimente memorizar seu quarteto favorito (os Beatles?) e um bolo de aniversário de 30 anos. Pode parecer tolice, mas você ficará agradecido quando chegar na hora certa.

Experimente um jogo cerebral

Jogos de estimulação cerebral como sudoku e palavras-cruzadas podem ser úteis. E também há o Lumosity, um conjunto de exercícios para fazer no computador ou no telefone criado por uma equipe de neurocientistas, que melhora a memória de 97% dos usuários com apenas dez horas de jogo. Os estudos ainda não determinaram exatamente como esses jogos reforçam a memória, mas há bons motivos para acreditar que são eficazes: um novo estudo com pessoas de mais de 60 anos descobriu que jogar um videogame destinado a treinar o cérebro aumenta a capacidade das pessoas de realizar multitarefas.

“Acho que jogá-los ativa as sinapses em todo o cérebro, incluindo as áreas da memória”, disse Marcel Danesi, autor de “Extreme Brain Workout”.

Também conhecido como o método de Locais ou “palácio da memória”, a ferramenta de Cícero para lembrar informações, explicada em “De Oratore”, usa o poder de imagens de apoio (neste caso, locais físicos) e relações espaciais memorizadas. Como os psicólogos John O’Keefe e Lynn Nadel explicam em “The Hippocampus as a Cognitive Map”: “Nesta técnica, a pessoa memoriza o desenho de um edifício ou a disposição das lojas em uma rua, ou qualquer entidade geográfica que seja composta de vários locais diferentes. 

Quando deseja se lembrar de um conjunto de itens, o sujeito literalmente ‘caminha’ por esses locais e atribui um item a cada um, formando uma imagem entre o item e qualquer característica distintiva daquele local. A recuperação de itens é obtida ‘caminhando’ pelos locais e permitindo que estes ativem os itens desejados.”

Experimente esta técnica “caminhando” mentalmente pelos cômodos da sua casa e atribuindo informação a cada um deles – e depois lembre da informação ao passar pelos aposentos.

Experimente o método de “Baker-baker” (“Padeiro-padeiro”)

Em um experimento psicológico conhecido como paradoxo de Baker-baker, os sujeitos foram divididos em dois grupos, aos quais mostraram a foto de um homem. Um grupo foi informado de que o sobrenome do homem era Baker (padeiro), enquanto ao outro grupo foi dito que o homem era um padeiro. Quando mais tarde lhes mostraram a foto e pediram para lembrar a palavra associada, os que haviam sido informados sobre a profissão do homem tinham muito maior probabilidade de lembrar a palavra. A explicação é simples: embora as duas palavras e fotos fossem exatamente a mesma, quando pensamos em um padeiro, outras imagens e uma espécie de história vêm à mente (aventais, cozinha, pão fresco).

Um colaborador do site Fast Company disse que aplicar o paradoxo – usar a história de Lance Armstrong para lembrar-se de informação complexa e detalhada sobre quimioterapia – o ajudou a terminar a faculdade de medicina. Assim, quando quiser se lembrar de detalhes, experimente criar um “gancho” que conecte a informação a uma pessoa ou uma história – a associação forte garantirá que você lembre a informação com mais clareza.

Tire um cochilo

Eis uma boa desculpa para deixar o trabalho de lado durante uma hora nesta tarde: tirar um cochilo prolongado pode reforçar o aprendizado e a memória. Pesquisadores do sono da NASA descobriram que cochilar beneficia de modo significativo a memória funcional, e um estudo de 2008 usou exames de imagens magnéticas para determinar que a atividade cerebral nas pessoas que cochilam é maior durante todo o dia do que nas pessoas que não repousam.

Rotule as pessoas – literalmente

Franklin Roosevelt era conhecido por ter uma memória que causaria vergonha na maioria das pessoas – ele conseguia se lembrar do nome de alguém que encontrou apenas uma vez meses antes, aparentemente sem dificuldade. Seu segredo? Roosevelt conseguia memorizar os nomes de todos os membros de sua equipe (e de todo mundo que conhecia) visualizando os nomes escritos em suas testas, depois de ser apresentado a eles. Essa técnica é ainda mais eficaz quando se imagina o nome sendo escrito com uma caneta na sua cor favorita.

Os ácidos graxos ômega 3 — que podem ser encontrados em alimentos como salmão, atum, ostras, sementes de abóbora, couve-de-bruxelas, nozes e outros, ou ingeridos em forma de suplemento – estão entre os nutrientes mais benéficos para o cérebro. Um estudo feito pela Universidade de Pittsburgh em 2012 revelou que o consumo de ômega 3 intensifica a memória funcional em jovens adultos saudáveis. O consumo de alimentos com alto teor dessa gordura saudável também pode reduzir o risco de se desenvolver a doença de Alzheimer, segundo um estudo da Universidade Columbia de 2012.

Preste atenção

Talvez o melhor (e possivelmente o mais difícil) truque de memória é simplesmente prestar atenção na tarefa, conversa ou experiência atual. A distração torna nossa memória mais fraca e, consequentemente, aumenta nossa tendência a esquecer as coisas.

“Esquecer… é um sinal de como estamos ocupados”, disse o diretor da Clínica de Transtornos da Memória no Centro Médico Beth Israel Deaconess, Zaldy S. Tan. “Quando não prestamos atenção direito, as memórias que formamos não são muito firmes e temos dificuldade para recuperar a informação mais tarde.”

Você tem dificuldade para acalmar seus pensamentos agitados? Torne-se mais concentrado praticando meditação, apenas dez minutos por dia. Um estudo recente da Universidade da Califórnia descobriu que a meditação melhora a capacidade da memória e reduz a divagação entre estudantes. E em 2012 pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussetts identificaram um circuito neurológico que ajuda a formar memórias duradouras – descobriu-se que o circuito funciona de maneira mais eficaz quando o cérebro presta atenção naquilo que você está vendo.

Por Carolyn Gregoire





quarta-feira, 27 de maio de 2015

Como você tem usado o seu tempo?


“O tempo não pára, não, não pára”. Cazuza

Segundo uma pesquisa realizada pela Consultoria Tríade PS, as pessoas gastam, em média, cerca de 40% de seu tempo no ambiente de trabalho em assuntos de interesse pessoal, sendo a Internet, especialmente as redes sociais, as maiores vilãs do tempo.

Em um primeiro momento a empresa poderia concluir que, ao invés de focar nas tarefas e objetivos para as quais são contratadas (e pagas), essas pessoas usam seu tempo, e outros recursos da empresa de forma indevida.

Por outro lado, de seu ponto de vista, o funcionário pode apresentar os mais diferentes argumentos para justificar sua postura:

- “O importante não é a quantidade e sim a qualidade do tempo que eu dedico à empresa”.

- “Visto que estou em dia com os meus objetivos e obrigações, o uso do meu tempo é de minha exclusiva responsabilidade”.

- “O meu uso pessoal das redes sociais pode trazer oportunidades para a empresa”.

- “Não dá para ser só profissional. Para trabalhar bem, preciso cuidar de minha vida pessoal, e isso inclui o meu tempo de trabalho”.

- “Não sou só eu, todo mundo faz isso”.

- “Com essas terríveis condições de trabalho, não dá para se dedicar totalmente à empresa”.

Longe de avaliar a legitimidade de cada argumento, de tomar partido nessa “queda de braço” entre empresa e colaboradores ou de opinar sobre o certo e o errado, até porque acho que não é questão de certo ou errado, prefiro fazer uma análise mais pragmática desses dados:

1)    40% do tempo utilizado em assuntos pessoais me parece muita coisa;

2)    Tem muita gente se perdendo no uso exagerado das redes sociais;

3)    E, se as pessoas estão usando todo esse tempo, existem duas possibilidades: ou estão com muito tempo ocioso ou estão deixando suas tarefas de lado.

Então, é aqui que reside o problema e é exatamente aqui que as empresas ou os seus gestores precisam ficar atentos.

Fato: Se o tempo da equipe anda ocioso, estamos falando de um sub-aproveitamento de recursos.

Um consultor financeiro provavelmente diria: “é gente demais para trabalho de menos”, enquanto o consultor de RH diria: “é necessário reorganizar os desafios para melhor explorar o capital intelectual da empresa”.

Quem estaria certo? Provavelmente os dois.

Apesar das diferentes perspectivas, uma coisa é comum: a solução para se minimizar esse problema sempre passará por uma definição mais clara dos objetivos atrelada à visão estratégica de como alcançá-los.

Apenas quando definimos aonde queremos chegar e como chegaremos até lá teremos uma visão apropriada dos recursos necessários, inclusive dos recursos humanos.

Porém, se os objetivos estão definidos, as estratégias bem traçadas, os papéis dos colaboradores bem claros e esses estão deixando de lado suas responsabilidades para cuidar de assuntos pessoais, temos então um problema mais sério.

Falta de motivação, pouco comprometimento, dificuldades de compreensão das tarefas e de sua importância para empresa, boicote deliberado à chefia e problemas pessoais pelos quais o colaborador está realmente passando são algumas das possíveis razões para o fato.

As justificativas podem ser muitas e bem variadas, mas também aqui a melhor solução parece passar por um caminho em comum: uma conversa franca, olho no olho, para se tratar o problema e apontar a solução.

Mas, como esse tipo de conversa não é muito fácil, a maioria prefere deixar as coisas como estão. O chefe faz de conta que não vê. O funcionário faz de conta que não percebe.

Todos navegando felizes pela internet, explorando as redes sociais ou até mesmo jogando paciência, enquanto a concorrência está de olho no cliente.