quarta-feira, 27 de abril de 2016

8 coisas que profissionais extraordinários dizem todos os dias

Um profissional extraordinário revoluciona o modo como as coisas acontecem no ambiente de trabalho. Essa mudança começa a partir da atitude mais simples: a fala

Algumas expressões simples podem modificar a sua relação com equipe e empresa em geral. Usando as palavras certas você pode buscar novas soluções para problemas antigos, fazer a diferença no trabalho e desenvolver as suas ideias. 

Quer fazer uma enorme diferença no dia alguém? Confira algumas coisas que você deve dizer todos os dias aos seus empregados, colegas, familiares e amigos.

1. "A minha ideia é essa, alguém sugere algo diferente?"

Talvez você esteja no comando, mas isso não significa que é o mais inteligente e perspicaz na equipe. Para desenvolver bons projetos, o trabalho em equipe é essencial. Você precisa justificar suas decisões com lógica e não com autoridade. Faça com que todos compreendam os processos para que a ideia seja trabalhada em conjunto.


2. "Eu estava errado"

Errar é humano, e faz parte do processo de amadurecimento profissional. Quando você está errado, não sinta vergonha dos seus colegas, apenas diga que você estava errado e assuma as consequências deste equívoco. Você não vai perder o respeito. Ao contrário, você vai aumentar o seu profissionalismo e credibilidade.


3. "Isso foi incrível"
Saiba fazer os elogios certos no momento adequado. Essas palavras  aumentam a motivação e dedicação  dos profissionais. Por isso, não deixe de fazer um elogio quando necessário.


4. "Obrigado"

Dizer as palavras básicas da boa educação nunca é demais. Seja educado com todas as pessoas do seu ambiente de trabalho. Isso vai mostrar que além de profissional, você também tem respeito pelos outros.


5. "Você pode me ajudar?"

Quando você precisar de ajuda, independentemente do tipo de auxílio, basta dizer com sinceridade e humildade, "você pode me ajudar?". Isso vai mostrar vulnerabilidade, respeito e disposição para ouvir - o que, aliás, são todas as qualidades de um grande líder. E são todas as qualidades de um grande amigo.


6. "Me desculpe"

Todos nós cometemos erros, então precisamos pedir desculpas por palavras, ações, omissões e todas as vezes que falhamos no trabalho. Diga que você está arrependido, e assuma as responsabilidades pelo erro cometido.


7. "Você pode me ensinar?"

Conselho é temporário, o conhecimento é para sempre. Quando você pede para alguém ensinar ou mostrar algo, várias coisas acontecem. Primeiro você mostra que respeita a pessoa que te ensina. Além disso, revela também que confia em sua experiência, habilidade e conhecimento e a partir desta experiência você começa a avaliar melhor o valor do aprendizado.


8. "Posso ajudar?"

Muitas pessoas acreditam que pedir ajuda é interpretado como um sinal de fraqueza. Então, a grande maioria hesita em pedir ajuda. Mas a verdade é que todos nós precisamos de ajuda. Então, a ideia é arregaçar as mangas e ajudar quem precisa.


Cinco maneiras de se tornar mais criativo

A maioria das pessoas aspira a ser criativa e ter uma visão original que as faça se destacar da multidão. Mas será a criatividade um processo aleatório ou será algo que pode ser cultivado e desencadeado usando alguma técnica?

Cientistas de todo o mundo estão explorando o que acontece no cérebro que precede o momento "eureca", fundamentando cada vez mais a ideia de que a criatividade pode ser treinada.

As pesquisas sugerem cinco coisas que podem ajudar você soltar seu lado criativo.

Fazer as coisas de forma diferente

Se você quer chegar a soluções inovadoras para um problema que está lhe incomodando, então fazer algo tão simples quanto mudar aspectos de sua rotina diária pode levar a um insight criativo.

A psicóloga Simone Ritter, da Universidade Radboud (Holanda), descobriu que algo tão simples quanto mudar a maneira de fazer o seu sanduíche costumeiro pode ajudar a aumentar os níveis de criatividade.

Ela afirma que as pessoas devem procurar experiências inesperadas se quiserem pensar de forma diferente, e assim abordar os problemas sob uma nova perspectiva.

Alterar sua rotina diária pode resultar em mudanças no seu cérebro.

Rotas neurais muito usadas são abandonadas, e novas conexões feitas entre as células cerebrais. Isto pode levar a ideias novas e originais.

Elimine as distrações

Você também pode tentar treinar seu cérebro para eliminar as distrações, não uma distração para descansar a mente, mas o tipo de distração que tire você do seu foco.

Os neurocientistas acreditam que os momentos de insight ocorrem no lado direito do cérebro, numa área próxima à fronte, chamada giro temporal superior anterior.

As pesquisas sugerem que há um aumento significativo nas ondas cerebrais de alta energia (chamadas de ondas gama) que irrompem a partir deste ponto quando o momento eureca acontece.

O professor John Kounios, da Universidade Drexel (EUA), afirma que, pouco antes do momento eureca, há uma explosão de ondas alfa - associadas com o relaxamento, na parte de trás da cabeça.

As pessoas recebem um monte de informações visualmente, mas essas ondas alfa permitem que o cérebro faça uma leve pausa muito parecido com o que acontece quando você pisca os olhos.
Isso permite que ideias muito tênues borbulhem para a superfície na forma de um insight.

Trabalhe em tarefas mundanas

Outra atividade para ajudar a acionar suas ondas cerebrais criativas pode ser trabalhar em algo que requeira pouca ou nenhuma reflexão - essa sim, uma distração para relaxar.

"Se você está sem saber o que fazer, faça uma pausa. Permita que os processos inconscientes tomem conta. Mas, em vez de apenas ficar sentado, faça uma caminhada, tome uma chuveirada ou faça algo como jardinagem," explica o professor Jonathan Schooler, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA).

Gregor Mendel, frequentemente descrito como o "pai da genética", passou anos pacientemente estudando e contando ervilhas e abelhas.

Subestimado durante sua vida, ele foi o primeiro a descobrir as leis da hereditariedade.

Várias pesquisas mostram que uma boa distração pode facilitar a solução criativa de problemas.

Não tenha medo de improvisar e correr riscos

O Dr. Charles Limb, da Universidade Johns Hopkins (EUA), afirma que todo mundo é criativo, mesmo que não perceba isso.

"Se as pessoas pensarem sobre seu comportamento diário... a maior parte dele não está previsto, é improvisado. As pessoas realmente não planejam cada segundo o que vão fazer," diz ele.

Ele afirma que os músicos de jazz, juntamente com os rappers, ilustradores e cartunistas, quando estão improvisando, experimentam mudanças em uma área na parte da frente do cérebro chamada córtex pré-frontal.

"É a parte do cérebro que faz de nós seres humanos. Observamos um desligamento do córtex pré-frontal nesses artistas," disse o pesquisador.

Pessoas como essas estão menos propensas a sentir que têm que controlar seu comportamento, e por isso são mais propensas a assumir riscos.

Apenas deixe sua mente vagar

O Dr. Rex Jung, da Universidade do Novo México (EUA), também observou que, quando as pessoas estão envolvidas no processo criativo, há uma clara mudança nos lobos frontais.

Quando há menos atividade nos lobos frontais, é mais provável que você tenha uma ideia original.

O Dr. Jung descreve o fenômeno como uma "hipofrontalidade transitória".

Ele afirma que é possível acionar esse estado cerebral temporário meditando ou dando uma longa caminhada.

Sua ideia original também pode ficar trovoando em sua mente inconsciente por um tempo antes de se tornar consciente. Ou seja, embora o "momento ahá" possa parecer instantâneo, muita coisa acontece antes de você tomar conhecimento consciente da nova ideia.

De acordo com as pesquisas do Dr. Jung, cérebros inventivos são menos lotados e menos organizados, e assim o tráfego nervoso é desacelerado.

Isso dá a oportunidade para a realização de conexões incomuns, mesmo que leve algum tempo para que essas conexões se estabeleçam e seus resultados apareçam.


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Atitude - Max Gehringer

Muitos funcionários já ouviram referências, positivas ou negativas, a algumas de suas atitudes. 

Tem gente que não consegue progredir na carreira porque não tem atitude. Tem gente que progride apesar das atitudes. E tem gente que usa a palavra como escapatória, como se ela fosse auto-explicativa, para não ter que dar maiores explicações.

Realmente, hoje em dia atitude é uma palavra abundante em sinônimos. Por exemplo:

De ‘decisão’: “Precisamos tomar uma atitude”.

De ‘comportamento’: “Não gostei nem um pouco dessa sua atitude”.

De ‘ação’: “São atitudes como essa que fazem um grande vendedor”.

De ‘determinação’: “O time voltou para o segundo tempo com mais atitude”.

De ‘posição’: “Ele está assumindo uma atitude preguiçosa”.

De ‘aceitação’: “Você precisa ter uma atitude menos crítica com relação à empresa”.

De si mesma: “Eu acho que tudo na vida é uma questão de atitude”.

De ‘sei lá’: “Ah, ela tem, assim, atitude, sabe?”.

Atitude é exatamente a mesma coisa que aptidão (a palavra original era ‘aptidude’). E significava ‘estar preparado, física e mentalmente, para executar uma tarefa’. 

O aluno que aprendeu a tabuada, e sabia multiplicar oito vezes nove, sem recorrer a uma calculadora, tinha uma atitude. Só que, aí, a palavra perde completamente o charme. Porque atitude dá a impressão de ser algo muito mais cósmico.

No Dicionário Houaiss, a primeira definição de atitude é “a maneira como o corpo (humano ou animal) está posicionado”. Atitude seria, portanto, a chamada ‘pose’ – e sei que muita gente concordará com isso. 

Na maioria dos casos, atitude é mais embalagem do que conteúdo. 

E, por falar em animais, o leão, por exemplo, é um que tem atitude. E, como todo chefe cheio de atitude, o leão vivia incomodado com os súditos que não mostravam atitude. Principalmente a tartaruga. 

E disse o leão: “Se você pensar bem, cara tartaruga, o ser humano nada mais é que um macaco que teve atitude. E veja onde ele conseguiu chegar na carreira”. Meia hora depois, a tartaruga moveu a cabeça, concordando.

E o leão continuou: “Não é que eu queira me gabar, mas veja o meu caso. Em minha casa, quem vai à caça é minha senhora, dona leoa. Além disso, ela cria nossos filhotes. O que eu sei fazer é rugir. Por isso, minha vida se resume a comer bem, a fazer sexo, e a dar ordens. Sabe por que? Porque eu tenho atitude”. E a tartaruga, após 45 minutos, assentiu. Já demonstrando impaciência com tamanha preguiça, o leão perguntou se a tartaruga tinha entendido o feedback.

E a tartaruga, uma hora depois, respondeu: 

“Sabe, Vossa Majestade? Eu não quero ser rei. Nem pretendo ser o mais veloz dos animais. Nem o mais bonito, nem o mais forte. Essa é a minha atitude: eu quero ser o que sou, e não o que os outros querem que eu seja. 

Eu já disse isso para o seu falecido bisavô. E, um dia, vou dizer para o seu bisneto”. E os dois ficaram se olhando, ambos convencidos de que o outro jamais entenderia o que é atitude. 

Do mesmo modo que alguns chefes e alguns subordinados se olham, todos os dias. Porque um sempre acha que atitude é o que já tem de sobra. E o outro sempre acha que atitude é o que está faltando.



terça-feira, 19 de abril de 2016

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL PARA LIDERAR EM TEMPOS DE CRISE - João Marcelo Furlan

 “Inteligência emocional é a competência mais utilizada para liderar em tempos de crise.”

O atual momento do país provoca uma sensação geral de insegurança em relação à vida profissional. Para um líder, isso não é diferente, pois ele também está sob pressão e ainda precisa “segurar as pontas”.

Este é o momento para os gestores usarem a inteligência emocional para incentivar e motivar ainda mais a equipe. As americanas Coca-Cola e Hallmark são exemplos reais de êxito obtido a partir do fortalecimento dessa competência. Elas tiveram, respectivamente, 15% e 25% de melhora na produtividade depois de terem recebido treinamento focado em inteligência emocional.
Para manter-se firme um líder precisa estar com a equipe em harmonia e motivada, senão, não há entregas. É preciso ter cuidado para não perder o controle e ameaçar os colaboradores, mesmo que indiretamente. Ameaça gera conflito e conflito, desmotivação e isso pode contaminar todo o time.
Deixo quatro estratégias de inteligência emocional a serem aplicadas no dia a dia com a equipe para liderar com sabedoria em tempos de instabilidade. Veja:

1- Fazer ressignificação

Os colaboradores já escutam muitas coisas ruins sobre o cenário e o líder não precisa ficar reforçando isso. É preciso fazer com que as pessoas pensem positivamente e não se desmotivem pensando em possíveis cortes, por exemplo. 
Sente com cada colaborador da equipe e explique que nesse momento a empresa tem que inovar mais, fortalecer as relações e gerar novas parcerias e que ele é peça-chave para que isso aconteça. 
Mostre a sua importância para a organização.

2– Pedir permissão

Quando for expressar um ponto de vista, dar sugestões ou até mesmo uma crítica, peça “licença” ao colaborador. 
O ato de pedir permissão fará com que ele se sinta respeitado e importante e isso certamente estabelecerá uma relação de confiança entre vocês.

3 – Perguntar e ouvir

Faça perguntas abertas, que não limitem as respostas do time em “sim” ou “não”. 
O líder tem que ser mais próximo nessa fase instável, precisa ouvir mais e ser realmente um coach. 
Isso ajuda a descobrir o que a equipe está pensando e contribui para redefinição de estratégias, caso seja necessário.

4 – Tratar o seu time como cliente número um

Já disse Ken Blanchard, o guru mundial da liderança: “A sua equipe deve ser o seu cliente número um”. 
Se o líder ficar pensando em somente fazer dinheiro para a empresa, ele não vai conseguir resultados, por isso, trate o seu time como cliente e dê o devido valor a ele.
Equipe sem engajamento não tem como apresentar mais. O segredo é desfocar do problema e começar a construir a solução. Em vez de ficar olhando apenas os números decrescentes da empresa e o gap das metas, olhe para sua equipe e dê forças e encorajamento para que ela esteja mais empenhada com os desafios.
A inteligência emocional representa 60% do sucesso de gestores que vão da supervisão à presidência. Tenha essa competência como aliada e faça da crise um trampolim para alcançar mais e melhores resultados.
Texto de João Marcelo Furlan, Sócio Fundador da Enora Leaders para o Portal Administradores.com 


sexta-feira, 15 de abril de 2016

11 habilidades que o mercado exige e a faculdade não ensina

Um diploma na parede e notas elevadas no boletim nem sempre são garantia de sucesso profissional futuro; entenda os motivos.

São Paulo – Sair da formatura com notas elevadíssimas em todas as disciplinas não é garantia de que o recém-formado seja um excelente profissional. Ao contrário.

Especialistas consultados por EXAME.com são unânimes ao afirmar que entre os conhecimentos compartilhados nas universidades brasileiras e o que o mercado de trabalho exige para o crescimento na carreira há uma grande lacuna. E não estamos falando apenas de preparo técnico.


“Faltam aquelas competências que os americanos chamam de “soft skills”, como comunicar-se bem, avaliar o que cada um é capaz, montar e motivar uma equipe, além de uma série de outras coisas que levam à uma performance melhor”, diz Armando Dal Colletto, diretor acadêmico da Business School São Paulo.

1 Ser multicultural (na prática)

Fora a possibilidade de ter um intercambista na turma ou estudar por um período em uma universidade estrangeira, poucas são as iniciativas oficiais de muitas universidades por aí para colocar os alunos em contato direto com diferentes culturas.

No mercado de trabalho o cenário é outro: o chefe pode ser coreano, o colega da mesa ao lado, espanhol, a empresa parceira, indiana e o cliente, chinês. A falta de profissionais qualificados no país, a internacionalização das empresas brasileiras e o desembarque de grupos globais por aqui aproximou a rotina corporativa do cenário de Babel.

E inglês fluente não é tudo. De detalhes culturais para negociar melhor até gestos pequenos que contribuem para um boa convivência: “É preciso um entendimento das diversidades”, afirma Dal Coleto.

2 Trabalhar em equipe

Não se engane: os tradicionais trabalhos em grupos da faculdade quase não preparam ninguém para atuar em uma equipe. Motivo? “Quando organizam os grupos de trabalho, os alunos escolhem seus amigos, pessoas com quem se identificam e, no mínimo, a partir de pontos que os aproximam”, diz coach educacional Renato Casagrande.

Na vida profissional, a história é diferente. Ninguém (exceto o próprio chefe) escolhe com quem vai trabalhar. E, ao contrário da tônica típica dos grupos de faculdade (em que as pessoas tendem a ser parecidas), para uma equipe dar certo no trabalho é essencial que seja composta por pessoas com perfis complementares e, portanto, diferentes, afirma o especialista.

“E, além de tudo, os alunos não aprendem a compartilhar ideias: Para facilitar a própria vida, dividem tarefas”, diz Casagrande.


3 Fazer networking

Seja por ficar centrado no próprio círculo de amigos e até por uma questão cultural, a faculdade raramente desmistifica a capacidade de fazer networking ou expandir sua rede de contatos profissionais.

“As pessoas têm vergonha de se aproximar dos outros com uma segunda intenção”, diz Gustavo Furtado, fundador da Tricae. E as universidades quase nunca criam meios para que esta visão seja mudada. “Nos Estados Unidos, em todo e qualquer evento as pessoas são estimuladas a se apresentar e falar a sua história”, diz.

4 Ser interdisciplinar

Na faculdade, as disciplinas até podem ser apresentadas em dias ou semestres diferentes. Mas, na rotina corporativa, o conhecimento adquirido de cada uma delas deve ser usado de forma integrada – algo que, infelizmente, o ensino tradicional ainda não sabe manejar.

“As pessoas aprendem a resolver problemas de forma separada e, de repente, precisarão resolver todos estas questões em um problema só”, diz o coach educacional Renato Casagrande.

5 Falar em público

“Nas apresentações de trabalho, geralmente, só fala quem já tem boas habilidades de comunicação. O mais analítico tende a não falar”, diz Joseph Teperman, sócio-diretor da Flow. E, na carreira, apresentar-se em público é quase um requisito básico em todas as carreiras – mesmo que seja para uma plateia composta apenas por seus chefes.

6 Como escolher a carreira

A decisão por qual curso superior seguir é apenas o primeiro passo em direção a escolha da carreira que é mais coerente com você. Assim que o diploma é entregue na colação de grau é que começam as verdadeiras escolhas decisivas para a trajetória profissional.

O problema é que a faculdade ensina pouco para este momento. “Não há parceria com as empresas ou consultorias de recrutamento. O profissional sai da faculdade sem saber onde estão e quais são as principais oportunidades do mercado”, diz Furtado, da Tricae.

Muitas vezes, sem saber muito bem qual rumo seguir. “A pessoa acaba seguindo a carreira daquele primeiro estágio que ela conseguiu ou parte para um jogo de tentativa e erro”, diz Teperman.

7 Liderar e gerir pessoas

Exceto por quem se aventura em uma empresa júnior, centros acadêmicos, atléticas ou outros movimentos estudantis, raras são as chances que um graduando tem para treinar a arte de liderar uma equipe. E isso demanda inteligência emocional, resiliência, capacidade para delegar e motivar pessoas. “Tem uma parte da rotina do executivo, que nem um curso de pós ajuda”, afirma Maurício Trezub, CEO da Ciashop.

8 Contratar

“Contratar pessoas para trabalhar com você não é a mesma coisa que convidar um colega para fazer um trabalho”, diz Maurício Trezub, CEO da Ciashop. E muita gente só descobre o tamanho deste desafio quando tem que recrutar pela primeira vez.

“A ajuda, muitas vezes, vem de um superior imediato”, diz Teperman. Mas nem sempre aparece. “Muitos acham que as únicas pessoas boas são aquelas que são espelho deles próprios em vez de profissionais com características complementares aos deles”, afirma.

9 Negociar

Nas estruturas tradicionais que a maioria dos cursos de graduação estão assentados há pouco espaço para que o aluno tenha voz e, consequentemente, aprenda a negociar. No máximo, as discussões e os acordos são fechados dentro dos grupos de trabalho – feitos, geralmente, com pessoas parecidas. “Não se aprende a vender ou comprar uma ideia. As pessoas chegam muito ingênuas no mercado”, diz Teperman.

10 Ler ambientes

No mundo corporativo é preciso ser autêntico, mas também é essencial se adequar. “Antes de se soltar é importante entender qual é a cultura daquela área para, então, vestir a máscara corporativa”, diz Teperman. Na faculdade, esta adequação raramente é uma exigência. “Se você era da turma da frente nunca foi obrigado a sentar com a turma de trás”, afirma.

11 Portar-se em uma reunião

“As empresas estão mais participativas e menos patriarcais. Com isso, os mais novos são envolvidos nas reuniões desde cedo”, afirma Teperman. Seja por não saber ler ambientes direito, negociar ou falar em público, poucos recém-formados estão prontos para encarar esta missão.


Fonte: V2V

quinta-feira, 14 de abril de 2016

FAZER NADA - Celia Spangher

Uma tarde dessas, a Lei de Murphy se estabeleceu no escritório. Acabou a eletricidade de repente, por causa da chuva.

Fiquei sem computador, sem telefone, o celular no último suspiro da bateria. Naquele momento me bateu um total desespero! Com tanta coisa para fazer, isso é hora de acabar a luz??

Fiquei andando de um lado para o outro, perdidinha. Com o calor intenso e sem ar condicionado, abri a porta da frente e resolvi sentar um pouco lá fora, no coberto, para ver se refrescava. Peguei um caderno para fazer anotações assim tentar aproveitar o tempo.

Parei com a caneta na mão e de repente, caiu a ficha. 

Comecei a escutar o barulho da chuva, a apreciar a brisa refrescante. 

Senti o cheiro característico da chuva e pensei: nossa, quanto tempo faz que não dou uma paradinha para respirar? 

Larguei o caderno de lado e então me dei conta do silêncio total e dos pingos batendo no telhado....

Sem telefone tocando, ninguém falando, o incessante teclar dos computadores, o barulho do ar condicionado. 

Fechei os olhos e fiquei curtindo esse momento de paz, respirando e pensando – porque será que nos deixamos escravizar dessa maneira? 

Confesso que sou totalmente ligada à tecnologia, gosto dos “brinquedinhos” todos, amo o meu trabalho, mas de tempos em tempos é necessário “desconectar”. 

E no momento que isso forçosamente aconteceu, fiquei meio “boba” sem saber o que fazer.

Aquela compulsão de ver se chegaram emails, mensagens, torpedos, tweets, chamadas de repente sumiu e eu consegui me “dar” dez minutinhos de silêncio, paz e gotas de chuva no telhado com cheiro de terra.

Quando a eletricidade voltou, um suspiro e a retomada, porém revigorada por aqueles momentos.

Disso tudo, uma importante lição – o tempo é o produto mais caro que existe e o mais desperdiçado disse alguém  – e investir alguns minutos “fazendo nada” pode vir a ser o ato mais produtivo do dia.

Pense nisso.

Celia Spangher é Headhunter e Diretora de Gestão do Talento da Maxim Consultores

terça-feira, 12 de abril de 2016

Conheça dez atitudes que ajudam você a se desenvolver profissionalmente

Especialistas ensinam dez atitudes importantes para quem busca sucesso profissional

Ter sucesso na profissão é o desejo de todas as pessoas que trabalham. Porém, é comum que uns poucos acabem se destacando mais do que outros, embora na mesma equipe existam pessoas tão ou mais esforçadas, que às vezes se ressentem de não terem o reconhecimento que acreditam merecer. Os altos cargos são para poucos. Para chegar lá, experiência e boa formação são características essenciais, mas não suficientes.

A receita para se tornar um profissional em ascensão leva ingredientes que fazem muita diferença em nossa trajetória quando adicionados ao dia a dia. 

UOL Comportamento conversou com alguns especialistas que apontaram quais são os mandamentos que devem ser seguidos quando se trata de ter êxito na carreira. Confira:


1. Tenha um plano para sua vida profissional

Faça a diferenciação entre o trabalho que desempenha e sua carreira. “Ambos estão conectados, mas pensar na carreira é ir além da empresa em que está”, diz Marcello Cuellar, headhunter e gerente executivo da Michael Page, empresa de consultoria especializada em recrutar profissionais no mercado. 

No corre-corre para resolver os problemas que pedem solução imediata, é fácil nos esquecermos de nossos propósitos. “Estabeleça aonde você quer chegar com um projeto de ações claro. Depois, coloque-se de maneira tranquila junto à chefia e vá monitorando o retorno dessas conversas com os superiores para ver se seu projeto está caminhando”, orienta Anna Zaharov, que trabalha como coach, ou seja, um treinador para profissionais de vários níveis nas empresas. 

Anna acrescenta que a carreira do funcionário é responsabilidade dele e não da chefia, que tem muitas outras cobranças para dar atenção. Para Marcelo Cuellar, “as pessoas não fazem planejamento do que desejam em suas profissões e é imprescindível ter um objetivo, nem que no meio do caminho você mude a direção”.

2. Imponha-se prazos para conquistas na carreira

Definir o tempo que vai levar para chegar a um determinado ponto na profissão é imprescindível para nos dar o sentido de comprometimento com nosso progresso na carreira. “Esse detalhamento de ações com prazos a serem cumpridos faz toda a diferença. 

Tenha um projeto bem definido, não só de como quer estar no futuro, mas também de quando quer estar. É um estímulo para priorizarmos esse setor de nossas vidas e nos concentrarmos em um objetivo. 

Claro que, às vezes, acontecem imprevistos e pode levar mais tempo. Mas deve-se ter uma nova data, de preferência com mês e ano”, conta Anna Zaharov.


3. Cultive uma relação positiva com a chefia

Entre outras atribuições, chefes precisam cobrar, criticar e exigir. E quem quer ter sucesso em uma empresa precisa entender isso e construir uma relação positiva com os superiores. “É importante cultivar a confiança da chefia. 

Chamo isso de alinhamento: quando as pessoas se unem por um objetivo por meio da contribuição de todas as partes e consenso para se chegar ao melhor resultado", diz Anna Zaharov. A coach diz ainda que também é necessário aprender a pedir o retorno do chefe sobre o desempenho do colaborador e saber aproveitar a avaliação. "Se o retorno vier de forma grossa ou mal educada, o subordinado não deve levar para o lado pessoal e resguardar-se emocionalmente", avisa


4. Evite o papel de vítima

Ver novamente aquela promoção escapar por entre os dedos e ser dada ao colega que nem é tão capaz assim pode mexer com a autoestima de qualquer um. Mas, ainda assim, é melhor evitar o papel de vítima. “Cansei de ouvir coisas como ‘meu chefe não vai com minha cara’ ou ‘essa empresa é uma porcaria’. 

A vítima não assume as decisões e posturas que toma e sempre coloca a responsabilidade pelas coisas ruins em cima de alguém ou de uma circunstância. Se você percebeu que as situações ruins se repetem e não mudam, quem tem de mudar de alguma forma é você”, conta Anna Zaharov.


5. Perceba quando é hora de mudar de função ou empresa

Se depois de algum tempo, as coisas não caminharem na direção do planejamento feito pelo profissional para sua carreira, talvez seja hora de procurar outro departamento ou função, caso queira permanecer na companhia. Mas para fazer isso, é necessário o respaldo do chefe atual. "Não se ofereça sem antes falar com ele, pois há o risco de se queimar”, diz Anna Zaharov. 

Outra alternativa é procurar outro emprego no mercado estando colocado. Quem pede demissão e fica em casa perde a autoestima em um mês. Além disso, é preciso ter uma muita energia para fazer entrevistas. "E, hoje em dia, com três meses fora do mercado você está desatualizado”, diz Anna. 

Em se tratando de mudança de companhia, a melhor hora  é quando estamos felizes. Renato Bagnolesi, sócio da Robert Wong Consultoria Executiva, empresa de recrutamento, explica que é quando estamos bem empregados que nosso poder de barganha é maior. "Você não vai se deixar seduzir por uma oferta qualquer", diz.


6. Rede contatos profissionais tem de ser cultivada sempre

Todos sabem da importância de se ter uma boa rede de contatos profissionais para conseguir boa colocação no mercado. Porém, é muito comum descuidar-se dela quando se está em um momento positivo na carreira. 

Muitos só recorrem a esse instrumento quando estão sem emprego ou querem mudar de empresa rapidamente. “O resultado é que dificilmente se consegue algo de uma relação que não foi construída ao longo do tempo. Isso tem de ser alimentado com trocas de informações constantes e de interesse mútuo”, diz a coach Anna Zaharov.


7. O ambiente deve permitir que seu talento flua naturalmente

De nada adianta o profissional ter muita capacidade e dons, mas trabalhar em uma companhia cujos valores não estão de acordo com os dele. Renato Bagnolesi argumenta que talento depende de contexto, e que o funcionário precisa se sentir encaixado e em concordância com o ambiente da empresa, com capacidade de respeitar sua cultura. Bagnolesi define a cultura da empresa como uma espécie de cola que une todas as pessoas que trabalham ali. "É preciso aderir naturalmente, caso contrário o colaborador será excluído”, diz. 

O recrutador cita como exemplo o caso de pessoas muito criativas e cheias de iniciativa que entram em empresas muito hierarquizadas, onde é preciso pedir autorização para tudo. "Ele pode virar um funcionário medíocre”, diz. Ele recomenda que as pessoas investiguem para saber o máximo sobre as companhias em que vão trabalhar antes de assinarem o contrato de trabalho.


8. Especialistas devem aprender com generalistas e vice-versa

Essa é uma dúvida comum principalmente de quem sai da faculdade: tornar-se especialista e referência em determinado assunto ou abrir-se ao conhecimento em várias áreas? Segundo a coach Anna Zaharov, o mercado quer pessoas que tenham conhecimento profundo. Assim, é importante ter uma marca registrada, se destacar em algo, cultivar um talento que seja único e isso inclui habilidades pessoais como liderança e jeito de se relacionar com as pessoas. 

Mas todo profissional precisa ter a visão do todo, do processo no qual está inserido. Aqueles que se especializam em algo, tornam-se referência e se destacam, mas correm mais riscos porque algumas funções desparecem do dia para a noite. Um exemplo são aqueles especialistas que trabalhavam com filmes fotográficos. 

Oheadhunter Marcelo Cuellar aconselho aos especialistas que conheçam um pouco mais sobre outros assuntos relacionados à área de atuação, e aos generalistas que se aprofundem em algo de que gostem mais. "Ser um pouco dos dois é o melhor hoje em dia”, diz. 


9. Mais do que gostar, ame aquilo que faz

A regra número um dos profissionais bem sucedidos pode parecer óbvia. Mas é fato que muitos profissionais não sentem o menor prazer em exercer seu trabalho. Ir para a empresa pode se tornar uma tortura para funcionários de qualquer nível e esse desgosto, em algum momento, vai ser identificado por subordinados e chefia. “A melhor profissão é aquela que você exerceria até de graça", afirma Marcelo Cuellar. 

Se a pessoa se sentir assim ou, pelo menos, já souber a função que lhe trará esse nível de realização, com certeza vai ser bem-sucedida. "Não importa que você seja um músico, executivo ou artista de circo. Se você gostar muito do que faz, vai ter sucesso”, diz Cuellar.


10. Pense bem antes de fazer um curso

Apenas atuar em uma profissão de que se gosta não é o suficiente para transformar alguém em uma estrela na sua área de atuação. Marcelo Cuellar dá como exemplo o bem-sucedido Eike Batista. "É rico e parece que sempre consegue o que quer; mas para chegar lá estudou muito, entende de engenharia, de mineração, morou um bom tempo na Amazônia", analisa. Cuellar quer dizer que para ser o melhor no que se faz, é importante se dedicar”. 

Portanto, cursos de especialização e de línguas são importantes, mas fique atento à escolha. “Vale mais a pena se tornar fluente na língua do país onde fica a matriz da empresa do que fazer um MBA”, diz Anna Zaharov.